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Apresentação


Olá leitores e leitoras! Meu nome é Fernanda e sou graduanda no Bacharelado em Musicoterapia na Universidade Estadual do Paraná. Este ano estou no 5º período do curso e acabo de iniciar os estágios externos curriculares obrigatórios com meus colegas do blog.

Escolhi a Musicoterapia como profissão porque compreender a música e as relações benéficas que ela pode proporcionar em grandes escalas a todos os indivíduos só pode ser assunto para uma graduação (e uma vida inteira pela frente), já que esse conteúdo não se esgota nunca e sempre me instiga tanto a estudar e amar cada vez mais o que faço.

Minha motivação ao escolher o estágio hospitalar partiu do interesse em compreender na atuação prática como o processo musicoterapêutico ocorre e pode auxiliar nas demandas
hospitalares, refletindo sobre o papel do musicoterapeuta em um ambiente tão delicado e
sensível a emoções, desde os cuidados paliativos e assistência até mesmo na lida com a morte na Unidade de Terapia Intensiva.

Pretendo alcançar a superação de meus limites pessoais por considerar uma área de tensão que requer profissionalismo e olhar atento, a sensibilização humana e empatia a dor e ao sofrimento do outro mas também o controle de minhas próprias emoções para que  o outro, em condição de paciente seja o foco deste trabalho. Com isso, desejo adquirir experiência profissional para lidar com situações de pacientes internados e o luto mais de perto na convivência com familiares.

Também vejo a área hospitalar como possibilidade de obter ferramentas e bagagens de estudos em meu interesse específico na técnica musicoterapêutica de entrainment, que auxilia no tratamento e manejo da dor física, permitindo grandes possibilidades de aprendizado e desenvolvimento de futuras pesquisas nesta área.

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Apresentação

Meu nome é Juliana, sou estudante do 6º período do curso de Musicoterapia. Busquei o curso por acreditar que a música possa fazer um pouco mais do que ser ouvida. Ela gera emoção, isso todo mundo sabe, mas também nos transporta a outros espaços e tempo, e pode nos transformar. Foi pensando nisso que busquei ir pro estágio na área hospitalar - e também por ser o mais distante da minha busca. Posso dizer que encontro na Musicoterapia muito mais do que procurava. E talvez o mesmo se passe no hospital.

As mocinhas da cidade

Em um atendimento na UTI, uma paciente me chamou a atenção. Nós cantávamos algumas canções para ela, no qual interagia em alguns momentos, olhando para a gente, agradecendo pelas canções, mas ela se encontrava sedada e isso não permitia tanto contato. Entre canções e canções, foi tocado a música "As Mocinhas da Cidade", no momento que começamos a cantar a paciente manteve um contato visual, percebi que seu pé mexia conforme o ritmo da música e  alguns momentos cantava. Com isto podemos observar a questão da identidade da pessoa através da música, por que ela conseguiu se expressar nessa música?, e nas outras poucas interações e impressões ela manteve, talvez como resposta podemos citar a sua identidade sonora ou até mesmo a época em que viveu. Que possamos refletir como as canções chegam para o paciente, ao modo que ele se expresse ao sentir acolhimento na música.

Encontros e Despedidas

Hoje algumas coisas diferentes aconteceram na UTI, como sermos recebidos novamente com um sorriso e expressões de alegria de quem nós vemos frequentemente mas que há algum tempo não nos via. Trata-se de uma paciente que há quatro semanas seguidas encontrávamos dormindo no horário dos atendimentos de musicoterapia, mas que desta vez, pudemos matar um pouco a saudade de interagir musicalmente com ela na recriação de canções folclóricas e, na dedicação de uma canção especial "Leãozinho" ao qual substituímos carinhosamente pelo nome da paciente o trecho da canção que diz "Gosto muito de você". Ao sairmos do seu leito ela nos acompanhou durante todo o tempo que permanecemos atendendo outros pacientes utilizando gestos com as mãos para acenar ao nosso grupo dando um tchauzinho! Outro fato que nos chamou a atenção foi o gesto de carinho de um bilhete pendurado próximo ao leito de outro paciente, com cinco canções escritas, que segundo o enfermeiro, foi elaborado com a