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Música e alma

Durante o estágio, eu e os demais estagiários ficamos na parte de fora tocando e cantando, pois a pessoa se encontrava em um processo de incubação. Enfim, a senhora que estava acompanhando a paciente, relatou que a mesma gostava de música clássica, dessa forma ao tocar a música "Fur Elise" de Beethoven a paciente se mexe em sua maca e tenta levantar, mesmo estando delimitada. Ao observar esta ação, por alguns momentos fiquei reflexiva, pelo fato da senhora reconhecer a música, de querer ir até ela, mas buscar ter outro tipo de contato, ir até ela, melhor dizendo, ir ao encontro da música, daquele som ressoando naquele espaço.  Podemos concluir que a música pode trazer energia  positiva e mudar nosso estado espiritual, creio que naquele momento a música pode proporcionar um estado positivo melhorando assim seu estado da alma. Termino com a frase: " A  música atinge a parte mais profunda do nosso ser e, desse modo cria uma nova vida, uma vida que exalta todo o ser, elevando-o àquela perfeição na qual se encontra a realização da vida do homem". Hazrat Inayat Khan. 




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Apresentação

Meu nome é Juliana, sou estudante do 6º período do curso de Musicoterapia. Busquei o curso por acreditar que a música possa fazer um pouco mais do que ser ouvida. Ela gera emoção, isso todo mundo sabe, mas também nos transporta a outros espaços e tempo, e pode nos transformar. Foi pensando nisso que busquei ir pro estágio na área hospitalar - e também por ser o mais distante da minha busca. Posso dizer que encontro na Musicoterapia muito mais do que procurava. E talvez o mesmo se passe no hospital.

As mocinhas da cidade

Em um atendimento na UTI, uma paciente me chamou a atenção. Nós cantávamos algumas canções para ela, no qual interagia em alguns momentos, olhando para a gente, agradecendo pelas canções, mas ela se encontrava sedada e isso não permitia tanto contato. Entre canções e canções, foi tocado a música "As Mocinhas da Cidade", no momento que começamos a cantar a paciente manteve um contato visual, percebi que seu pé mexia conforme o ritmo da música e  alguns momentos cantava. Com isto podemos observar a questão da identidade da pessoa através da música, por que ela conseguiu se expressar nessa música?, e nas outras poucas interações e impressões ela manteve, talvez como resposta podemos citar a sua identidade sonora ou até mesmo a época em que viveu. Que possamos refletir como as canções chegam para o paciente, ao modo que ele se expresse ao sentir acolhimento na música.

Encontros e Despedidas

Hoje algumas coisas diferentes aconteceram na UTI, como sermos recebidos novamente com um sorriso e expressões de alegria de quem nós vemos frequentemente mas que há algum tempo não nos via. Trata-se de uma paciente que há quatro semanas seguidas encontrávamos dormindo no horário dos atendimentos de musicoterapia, mas que desta vez, pudemos matar um pouco a saudade de interagir musicalmente com ela na recriação de canções folclóricas e, na dedicação de uma canção especial "Leãozinho" ao qual substituímos carinhosamente pelo nome da paciente o trecho da canção que diz "Gosto muito de você". Ao sairmos do seu leito ela nos acompanhou durante todo o tempo que permanecemos atendendo outros pacientes utilizando gestos com as mãos para acenar ao nosso grupo dando um tchauzinho! Outro fato que nos chamou a atenção foi o gesto de carinho de um bilhete pendurado próximo ao leito de outro paciente, com cinco canções escritas, que segundo o enfermeiro, foi elaborado com a